Levante-se

Estava eu antes digitando um texto que deveria vir antes desse. Mas a maioria sabe com eu sou com meu blog e meus sentimentos: uma verdadeira bagunça.
Vamos dizer que o anterior explicaria algumas coisas para chegar nesse aqui, e eu decidi pular simplesmente porque há um rostinho que me fez ficar inspirada.

Levante-se, e hora de viver.
Se eu pudesse falar comigo mesma sem ser taxada de doida - coisa que faço quando estou sozinha e sem o perigo de alguém ver, quando viajo na maionese imaginando coisas e como minha vida teria rumos diferentes se determinadas coisas impossíveis acontecessem - e hora de parar de chorar.
Libertar de correntes e fácil, o problema são as ideias que alojam com facilidade em nossa mente. Como diria grande mestre Maurice Druon (criador da Obra-prima: Tistu, o Menino do Dedo Verde): "Quando somos crianças, somos livres delas, das ideias pré-estabelecidas. Mas vamos crescendo e elas alojam-se com facilidade em nossa cabeça, e sem que percebemos, viramos adultos cheios de ideias pré-estabelecidas que nos impedem de vermos as coisas simples"
Todos temos um monte de ideias já montadas, que descobrimos e aprendemos nessa vida enorme, mas nenhuma delas nos prepara para o que iremos enfrentar de verdade. Depois de se machucar andando de bicicleta, espera-se que você aprenda a andar ou desista, mas não espera que você ande de bicicleta de novo sem nenhum conceito pré adquirido daquela que já vivenciou.
Eu, que pregava os riscos sem limites, hoje presa pelos meus medos.
Tudo teria começado que dia mesmo? No primeiro, quando eu me sentia perdida e rezava aos deuses que me reenviassem para o São Gabriel em uma caixa de Sedex? Quando ela me levou até a porta da sala do segundo período, onde eu veria maior parte das minhas aulas? Quando olhos cruzaram?
Ou apenas dois dias depois, quando começou as conversas? As conversas na verdade, existiram desde o inicio. E tudo existia desde o inicio também?
E será que e real?
O engraçado e que eu tive, sonhos. Sonhos inconscientes. Sonhos de realidades paralelas que acabaram parcialmente acontecendo, e o medo de ser um sonho as vezes e muito grande.
Perdemos capacidades, sabiam disso? De uma hora para outra elas somem em uma nuvem, ou elas demoram, são acuadas e feridas até não existirem mais. Eu perdi capacidades, capacidades de ser o alguém que eu era, a frieza chegou finalmente a mim, e me sinto mais adulta as vezes, mas perante seus olhos, me sinto criança de novo. Ahh o amor, patético sentimento. Quando havia resolvido que este não era para mim, descobri que era. Que talvez, seria.
Se eu pudesse falar comigo mesma diria: BELIEVE
Acredite, o mundo adormece e acorda todas as manhãs, acredite que apenas a crença de um novo dia nos permite sonhar com um futuro, pois ele jamais existiu a não ser em sonhos, apenas o acreditar nos permitiu imaginar. Apenas a fé (não misturando com religião e claro, apenas a crença em algo além do material, além do aqui e agora)
Não sou capaz de curar ninguém. Engraçado, eu estudando para psicologia e admitir minha incapacidade. Mas eu não sou. A capacidade de curar o coração ou a cabeça de alguém e permitir que esse alguém encontre sua doença e sua cura. E a capacidade de descobrir. Nao procuramos respostas, procuramos formas de descobrir as respostas.
E que resposta eu quero encontrar agora nessa viagem louca ao meu subcosciente enquanto escrevo, tentando extrair do meu coração e da minha mente?
Confusa.
Confusa em estar na beirada do preicipicio de novo, confusa em novamente arriscar, confusa em voltar para um caminho que eu havia saido, de um palco que eu ja havia acabado com o espetáculo. E la estava eu entrando nele de novo, devagar, com medo, timida, esperando não ser notada, nao esperando isso. Não querendo.
Mas não deu. Não deu e la vamos nos de novo. Dessa vez mais fria. Dessa vez menos radical. E, justamente, quando se sente que dessa vez, você deveria ser radical, ser totalmente emocional.
Só pare de chorar, você não pode mudar o mundo.
Ao inves de lagrimas, ergua-se e mude você
Pare de chorar seu coração agora.

Não darei nomes, não darei datas, dias nem pessoas. Não darei tempo, não darei nada. Afinal eu não sei para onde estou indo,  eu aceitei segurar a mão de alguém que me puxa para a beirada do precipicio. Agora e confiar nela para me segurar, ou me afastar com medo.
E todo dia, todo dia, eu falo: a queda e linda.

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