José Alencar Gomes da Silva nascido em Muriaé, no dia 17 de outubro de 1931, em Minas Gerais, Brasil, foi um grande empresário no ramo têxtil, sendo dono da Coteminas, se elegeu na vice presidência da República do Brasil na chapa do candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, conseguindo a reeleição em 2006, assegurando, portanto, a permanência no cargo até o final de 2010. (fonte: www.wikipedia.com)
Faleceu no dia 29 de Março de 2011, em São Paulo, Brasil.
Ok, mas e ai?
Uma nota de falecimento que resume em poucas palavras a vida de José Alencar, mas não dá a ele o tributo necessário. Um homem tem que ser julgado por suas riquezas? Por seu cargo alto?
Eu prefiro pensar em José Alencar de uma maneira diferente.
Tá certo que eu não convivi com ele, eu nem ao menos testemunhei de perto sua tragetória na carreira, tanto politica quanto do ramo empresarial, mas, diga-se de passagem, a internet, os telejornais hoje, e a boa e velha memória dos mais velhos que tenho perto de mim lembram dele, lembra do que ele fez e o que ele falou e do que ele foi.
Estava ouvindo a Rádio Itatiaia essa manhã e algo me chamou a atenção. Uma das comentáristas (esqueci o nome dela, que me perdoe) fez um discurso emocionado ao nosso falecido ex-vice presidente. E eu fiquei pensando, depois, enquanto via as homenagens na televisão (os reporteres do MG TV até estavam de preto, Luto, em homenagem a José Alencar), pensei em como essas homenagens podem ser vazias.
Quer dizer, como uma procissão de imagens na televisão podem dizer a verdadeira face d eum homem que tocou a vida e os corações de muitos? Como resumir uma vida de 79 anos em apenas realizações politicas e profissionais?
Quem foi de fato, José Alencar? Será que jogou bola na rua com os amigos? Ou que namorou a menina mais bonita da cidade? Será que ele também olhou para o céu a noite e olhou as estrelas lindas e sorriu pensando que havia um futuro melhor? Será que ele brigava muito com o pai e com a mãe? Será que também teve momentos de querer largar tudo e virar hippie? Será que durante o tratamento contra o câncer ele sentou na beirada da cama e chorou? Como ele reagiu a noticia ao saber que tinha a doença?
O que sonhou antes de morrer? E ao nascer?
Quem de fato, era José Alencar? Um Herói, um martir, ou apenas um homem?
Mitificamos os politicos. Como diria os texos da minha nobre faculdade: tomamos pessoas como modelos, tomamos os modelos como seres superiores, e os mitificamos em pedestais que muitas vezes julgamos inacessíveis. E muitas vezes, os deixamos lá mesmo após a morte.
Não confundam as coisas e achem que eu não estou dando o verdadeiro crédito a José Alencar. Ao contrário, dou e muito. Acho que foi um homem formidavel e que merecia, no minimo, mais uns cinquenta anos de vida, sem sofrimento de doenças, uma vida tranquila e feliz.
O que quero deixar nessa mensagem, singela e até apagada em comparação a tantas outras espalhadas nesse Brasil - e talvez no mundo - e que José Alencar não era um herói, não era mártir. Não.
Ele era como eu, como você. Ele era um homem, que sentiu as dores de crescer, que sentiu o peso da respobsalidade, que lutou com coragem e garra contra uma doença complicada. Que jamais deixou-se abater perante os problemas e as dificuldades. Como eu, como você, ele quis fraquejar e desistir, ele chorou sentado na beirada da cama e sonhou com uma atriz famosa de sua época. Aprendeu a tocar violão e ficou nervoso no dia do casamento. Chorou de emoção ao ver o primeiro filho nascer, e comeu Cheester no Natal.
Ele era apenas um homem, mas um homem formidável, talentoso, querido, corajoso.
Honrado.
Pois, não foi ele mesmo que disse que "Da morte não tenho medo, tenho medo da Desonra. Porque o homem honrado, especialmente, o homem que milita na vida pública honrado, ele não morre nunca."?
José, tenha certeza, você jamais morrera em nossos corações e muito menos em na História do nosso País.
José Alencar Gomes da Silva
A falta que fara ao Brasil, como politico, sera enorme
Mas, como pessoa, a pessoa formidável que foi...
Essa sim, e do tamanho do Planeta
Descance em Paz
* 1931 ♱ 2011